Nossa Sra. de Fátima

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NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

SER CATEQUISTAS


SER CATEQUISTAS
A pessoa do catequista é fundamental para a vida da Igreja. Por meio dela a Igreja vai exercendo de um modo específico a “educação da fé”. Bela missão, rica de possibilidades e também de desafios imensos.
Ao percorrer um ano de atividades, nas suas mais variadas expressões e condições, segundo as diversas realidades pessoais, culturais, geográficas e mesmo de experiência de fé, convidamos todas as pessoas que exercem essa bela e árdua missão a lançarem um olhar sobre o caminho percorrido para avaliação e um olhar para o futuro, para programação.
Toda atividade humana requer alguns elementos e competências, além de qualidades específicas que favoreçam realizar a missão.
Fundamental, porém, no caso, é a pessoa do catequista e a consciência que tem de sua missão.

A missão de catequista

O documento Catequese Renovada, números 144-151, apresenta um roteiro geral sobre a missão de catequista, que podemos assim resumir:
  • O catequista exerce sua missão em nome de Deus e da comunidade profética, em comunhão com os pastores da Igreja.
  • O catequista anuncia a Palavra e denuncia tudo o que impede o ser humano de ser ele mesmo e de viver sua vocação de filho de Deus.
  • O catequista ajuda a comunidade a interpretar criticamente os acontecimentos, a libertar-se do egoísmo e do pecado e a celebrar sua fé na Ressurreição.
Para cumprir bem sua missão, o catequista deve ser uma pessoa inserida na comunidade eclesial, ter um espírito de abertura e humildade para procurar sempre crescer.
É indispensável que o catequista tenha uma experiência pessoal e comunitária da fé para que sua missão seja frutuosa.
Importante, ainda, é a participação do catequista em cursos de capacitação, mas é necessário também que tenha consciência de ser membro de uma equipe que trabalha para o mesmo objetivo e por isso deve cultivar uma vida comum, refletir, organizar, trabalhar e avaliar junto e, ainda, celebrar comunitariamente a fé e a missão.

Para avaliar (1)
Considerando o tema acima o grupo ou equipe de catequese de uma comunidade deve avaliar:
  • Temos consciência de nossa missão como mensageiros de Deus na Igreja?
  • Temos consciência da importância da Palavra de Deus em nossas vidas? Como a vivemos?
  • Nossa catequese tem como fonte a Palavra de Deus? Ajudamos os catequizandos a conhecerem a Palavra como fonte da vida e de fé?
  • Como catequistas pessoalmente e como equipe temos tido na comunidade uma presença significativa de vida cristã? Como? A catequese tem sido também para nós uma experiência de crescimento na graça de Cristo?

Essas questões, e outras que delas podem surgir em cada grupo, podem ser partilhadas em reunião, num encontro ou, melhor ainda, num retiro em que haja espaço para uma revisão de vida.
Usando criatividade, dessas perguntas podem surgir descobertas importantes para a vida pessoal, para a equipe e para a missão de catequizar.

Condições para ser catequista

Para ser catequista é preciso ter algumas características. Entre elas estão:
  • Capacidade de comunhão e participação em uma comunidade.
  • Vivência pessoal e comunitária da fé.
  • Espírito e capacidade de trabalhar em equipe.
  • Consciência da vocação e missão a que foi chamado a realizar em uma comunidade.
  • Ser capaz de reconhecer o valor e a importância dessa missão.
Cada um desses temas merece profundo conhecimento e uma abertura de alma e de coração para que formem a identidade cristã do catequista.

Alguns passos para ser catequista.
  • A escolha do catequista pelo conselho de pastoral.
  • Entrevista com o coordenador e com o pároco.
  • Disponibilidade de tempo.
  • Idade suficiente e maturidade humana e cristã.
  • Apresentação à comunidade.
  • Tempo de experiência.
  • Tempo de preparação.
  • Admissão ao ministério catequético.

Para avaliar (2)
Considerando o tema 2, é importante que cada catequista pessoalmente e também em equipe converse sobre o assunto para aprofundá-lo e ao mesmo tempo avaliar sua presença e missão. Podem ajudar as seguintes questões:
  • Tenho (temos) consciência do que é Comunhão? Qual nossa experiência concreta a respeito?
  • Como está meu relacionamento com as colegas de missão? Como nossa equipe de catequese convive e se relaciona? (Seria bom nesse momento ver se todas participam dos encontros, ajudam-se, colaboram para o crescimento de todas, se planejam e atuam em unidade de coração na missão catequética.)
  • Como me sinto (e como a equipe se sente) sendo catequista? (Nesse ponto é bom ver as motivações de cada uma: por que sou catequista? O que isso tem significado para mim, para minha comunidade? Ser catequista é um serviço consciente que como cristão/ã assumo na comunidade?)
  • O que precisamos fazer, pessoalmente e como equipe, para aprofundar nossa vida de fé, de comunidade e de serviço à Igreja por meio da catequese?

O desafio de ser catequista

São muitas as causas que comprometem um bom trabalho de catequese. Entre elas estão problemas de ordem pessoal, de ordem estrutural e de ordem processual.
Entre as causas pessoais destacam-se: imaturidade dos catequistas, problemas afetivos, irresponsabilidade, falta de motivação, falta de espiritualidade, falta de vocação, catequese como fuga, necessidade de afirmação psicológica de si, busca de destaque pessoal e status, falta de conhecimento, falta de tempo.
Entre as causas estruturais situam-se: falta de projeto e plano de ação, falta de apoio do pároco, da comunidade, de coordenadores; falta de apoio, compreensão e acompanhamento dos pais, principalmente do pai; falta de recursos e material para trabalho.
Entre as causas processuais estão: falta de formação e aprofundamento, falta de integração com outras pastorais, autoritarismo de coordenadores, falta de acolhida e valorização dos catequistas, excesso de atividades.
Para modificar essa situação é necessário um projeto catequético que indique a identidade da catequese, como ela deve ser realizada e como deve ser sua organização. O projeto deve também indicar o perfil do catequista e os critérios de escolha para essa missão. Isso supõe também uma adequada formação bíblica, espiritual, litúrgica e psicopedagógica.
A formação é um compromisso de cada catequista. Ninguém pode se dispensar dessa obrigação. A formação se dá por diversos meios: cursos, encontros, retiros, estudos, experiências de vida entre outros. A formação precisa ser permanente. A própria experiência da catequese é um fator de formação e crescimento. Enquanto vão catequizando, vão se formando.
Um bom trabalho de coordenação catequética deve considerar a formação como fator primordial dessa ação pastoral. Porém, é fundamental entender que formação não é apenas estudo, conhecimento adquirido de maneira teórica. A formação, na verdade, é um processo de educação que envolve conhecimentos (a razão), experiências e adesão (emoção e sentimentos), comportamento e um modo de agir coerente.
A educação para a missão é oportunidade para aprofundar a catequese como missão da Igreja e recuperar o seu sentido mais amplo e profundo. É também oportunidade para se aprofundar no que é a catequese para a Igreja, sua importância e a necessidade de dar ao assunto a importância que ele merece.
Em 2009, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil realizou o Ano Catequético. O documento sobre o Ano Catequético apresentou um roteiro como base da reflexão e formação para toda a comunidade e particularmente para os que são chamados a catequizar como serviço à Igreja.
Entre os temas mais importantes, o Ano Catequético resgatou o sentido bíblico do seguimento de Jesus, a formação de discípulos missionários que encontram na Palavra, na Eucaristia e no Serviço o modelo para a catequese como educação permanente da fé.

Para avaliar (3)
Esse terceiro ponto de avaliação supõe aprofundar a missão realizada durante o ano e ao mesmo tempo favorecer elementos para planejar a catequese de modo mais coerente, organizado, eficiente e eficaz. Cada grupo, comunidade, paróquia pode programar um dia de encontro, de revisão ou mesmo um retiro espiritual que dê oportunidade para a convivência, a experiência espiritual, oração, liturgia e também a revisão de vida e planejamento.
Podem ser úteis essas indicações:
  • Quais são as deficiências de ordem pessoal que se verificam na equipe catequética? (Fazer dessa questão um reconhecimento real sem julgamentos ou críticas, mas com espírito de ajuda e crescimento.)
  • Quais são os problemas de ordem estrutural que a equipe reconhece e vê necessidade de serem superados?
  • Quais são as maiores necessidades de ordem processual no serviço catequético da sua comunidade ou equipe?
  • Está claro para todos os participantes o que é a catequese?
  • Todos têm formação e apoio para prestar esse serviço de maneira eficaz?
  • Qual o perfil do catequista que temos? E qual o perfil do catequista que precisamos ou queremos ter?
  • A formação dos(as) catequistas de nossa equipe (grupo, comunidade, paróquia) é adequada? Há suficiente formação bíblica? Formação espiritual? Formação litúrgica? Formação comunitária? Formação psicopedagógica?
  • Como cada catequista se sente comprometido(a)?
  • A equipe conhece as orientações da catequese dadas pela Igreja, particularmente pela CNBB?
  • Podemos dizer que nossa missão catequética, mesmo com todas as deficiências, conta, sobretudo, com disposição, empenho sincero, dedicação de todos(as)?
  • A catequese tem sido experiência de conhecer Jesus, de decisão de segui-Lo como discípulo missionário?
Esses três momentos de aprofundamento e consequente revisão favorecem um planejamento. Cada equipe, avaliando sua condição e situação, poderá recolher as informações obtidas e fazer delas assunto para um plano pessoal e grupal de crescimento.
Numa próxima oportunidade podemos falar de como fazer um planejamento simples e eficiente.
Você poderá também indicar sugestões de temas ou expressar as suas ideias.
O tema apresentado oferece elementos que podem ser estudados, partilhados e ajudam a programar de maneira adequada a catequese na comunidade. Com criatividade e organização é possível planejar encontros temáticos para ir ao longo de um período melhorando a missão catequética na comunidade.
Iniciando o ano litúrgico e encerrando o ano civil podemos fazer uma bela experiência de revisão, planejamento. Mas o mais importante é abrir o coração para acolher a graça de Deus, que a cada dia Se apresenta a nós como um dom e um convite para estabelecer em Cristo um novo relacionamento com Deus Pai e viver no Espírito Santo a vida nova que a fé nos conduz.
Assim, a catequese expressa e testemunha a fé e desperta em todos o desejo de reconhecer em Jesus o Caminho, a Verdade, a Vida.
Fonte: http://soucatequista.com.br/

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